Dia 15 de outubro foi lançado no Japão o anime Michiko to Hatchin, a série da Tv uma bela produção do estúdio Manglobe (o mesmo de Samurai Champloo e Ergo Proxy).
A 1ª impressão é a melhor possível: qualidade técnica impecável tanto de animação, quanto de músicas, que são de primeira. Além, é claro, de um promissor enredo de aventura, que narra o encontro da fugitiva da polícia Michiko, e da jovem “gata-borralheira” Hatchin.
Mas o que mais chama a atenção é que Michiko to Hatchin é o anime com a maior brasilidade que assisti. No episódio inicial vários detalhes surgem especialmente aos expectadores brasileiros, já que são feitas diversas referências ao país. Ruas sujas, mulatas, fuga de presidio, nomes que soam com naturalidade (Maria, Gabriel, Malandro..), várias palavras em português (começando pelo próprio título do episódio: “Adeus Paraíso Insensivo!“), religiosidade corrompida, suposto tráfico de órgãos de crianças… bem, nem sempre referências positivas, porém justamente por isso causam identificação (ao invés de qualquer indignação vaga).
Alguns pontos merecem destaque nesta conexão Brasil-Japão:
- Atraiu patrocinadores brasileiros no Japão: http://www.michikotohatchin.com/supporter/ (Colcci, Havaianas, Guaraná Antarctica, churrascaria, café, festival de cinema brasileiro…).
- Trilha sonora brasileiríssima, feito pelo Kassin, multi-instrumentista e produtor musical (da Orquestra Imperial por exemplo). Toques de samba e mpb garantidos, com um ar de ineditismo.
- Foi realizada uma pesquisa detalhada da realidade brasileira em algumas cidades que serviram de base para os cenários: Olinda, Recife, Barreiras, São Luis e Rio de Janeiro.
A série não tem nenhuma previsão de estréia oficial no Brasil, embora provavelmente chegue um dia por aqui. Porém já é possivel acompanhar a série legendada pelo fansub Spiido, com download no Hinata Sou.
Vale a pena conferir a abertura super-tropical da série:
Site oficial: http://www.michikotohatchin.com/
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